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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Resquícios

Sobre


Direção: Carmen Frenzel. (Em sua primeira direção solo)
Descrição
Em plena selva de asfalto e cimento da cidade industrial, o operário Marcovaldo busca a Natureza. Mas existe, ainda, a boa e velha natureza? Ou tudo não passa de imitação, artifício e engano?

Inspirado na obra de Ítalo Calvino.

ELENCO:

Andrea Romão
Caio Passos
Deisi Margarida
Diogo Rodrigo
Erick Villas
Felipe Silcler
Fred Bilheri
Hikari Amada
Isadora Marinho
Jessica Obaia
Joice de Negri
Joyce Francisco
Juliana Marins
Junio Duarte
Letícia Iecker
Mariana Novaes
Sheilla Garcia.

FICHA TÉCNICA:

Direção: Carmen Frenzel
Direção Musical e composições originais: Marcio Carvalho e Raoni Costa
Preparação Corporal: Vera Lopes
Preparação Vocal: Josane Custodio
Iluminação: Renato Machado
Cenário: Aldecir Azevedo
Figurino: Nivea Faso
Visagismo: Rogerio Garcia
Orientação teórica: Fabio Lima
Orientação de produção: Flávio Leandro
Apoio de pesquisa: Cris Muñoz
Programação Visual: Ricardo Rocha
Operador de luz: Hebert Said e Diego Santos
Fotos: Gutemberg Brito
Cabelos: Francisco Morgado e Marta Oliveira
Costureiras: Diva François , Marlene de Paula e Nubia
Camareira: Geysa Bezerra


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Palavras da incrível Cris Muñoz sobre nosso espetáculo. 
Vale dá uma lida! 

"Acabo de assistir a peça Resquícios, montagem de formatura de uma das turmas da Martins Pena. Pareceria apenas isso, inicialmente: uma montagem de formatura, mas trata-se de muito mais.
Carmem Frenzel que assina a direção, como se não bastasse ser a excelente atriz que é, oferece ao espectador um olhar delicado, sensível e aguçado nessa sua primeira direção, o que junto com o trabalho de toda a equipe técnica e elenco, se configura num presente para público pelo resultado belo e expressivo!
Calcado numa dramaturgia perigosíssima de ser concretizada com eficácia por adaptar um texto literário para o teatro, o espetáculo consegue traduzir o olhar do protagonista de Italo Calvino através de um teatro de grande empenho físico, linguagem bastante contemporânea e da interpretação disponível de seus atores. Marcovaldo, o protagonista deste texto primoroso é um palhaço, não da forma como imaginamos culturalmente um, mas por ver nas pequenas coisas a poesia necessária para impulsionar sua existência dentro da máquina repressora e castradora da sociedade de consumo. É impressionante como se instaura através das vivências experimentadas por Marcovaldo, uma espécie de "poética da ingenuidade". Muito diferente da total e consciente alienação política, está para além disso a maneira como ele se contagia pelo mundo e nos contagia. Carmem Frenzel convida o espectador a fazer opções sobre como ver a obra já quando esses escolhem onde irão sentar,ampliando essa característica intrínseca do teatro que é a de ver uma obra viva, que respira, que é efêmera, que pode ser mais ou menos feliz nesse ou naquele dia, enfim, como é a própria vida.
Por tudo isso, porque viver é desde sempre uma escolha, é que recomendo a quem quiser ser tocado pela arte que assista a esse espetáculo e inspire-se, afinal, cada instante pode ser mudado! Parabéns a todos!"

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